O Rio Grande do Sul enfrenta novamente uma grave situação de emergência por conta do grande volume de chuva. Milhares de pessoas foram atingidas, cidades ficaram alagadas, estradas foram bloqueadas. Todos sentem. Mas os efeitos recaem com mais força sobre aqueles que já vivem em condições de maior vulnerabilidade. Neste cenário, o papel do poder público é estar presente e agir com rapidez. E é isso que estamos fazendo: nos municípios, perto das pessoas, escutando, acolhendo e agindo.
Desde o feriado de 19 de junho, estou na Região Central do Estado em diálogo constante com os prefeitos e equipes municipais de assistência social. Na sexta-feira, 20 de junho, o governador Eduardo Leite esteve em Santa Maria e nos reunimos com os gestores municipais.
Monitorando a situação de perto, o governador anunciou um repasse emergencial de R$ 100 mil para cada município afetado. Essa é uma medida imediata para que as cidades possam dar os primeiros passos na retomada das atividades e para que sejam feitos os primeiros atendimentos às famílias atingidas. Conforme a necessidade de cada município, o governo do Estado aportará mais recursos.
Também foram anunciados R$ 30 milhões para recuperação da infraestrutura viária estadual e uma nova edição do programa Volta por Cima, voltado às famílias desabrigadas ou desalojadas pelas chuvas. Além disso, aproximadamente R$ 500 milhões de recursos do Funrigs serão direcionados para os municípios da Região Central.
Desde o início do ano, os rios de todo o Estado estão sendo limpos e desassoreados no maior programa já feito pelo governo do Estado, o Desassorear RS. Já foram removidos mais de um milhão de metros cúbicos de sedimentos, galhações e entulhos. São R$ 300 milhões investidos no programa, que tem máquinas operando em várias regiões.
Durante o final de semana, permaneci na região acompanhando os desdobramentos da situação em Restinga Seca, Jaguari, Paraíso do Sul, Agudo, Dona Francisca, São João do Polêsine, Faxinal do Soturno, Nova Palma e Pinhal Grande. As equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social estão trabalhando sem trégua, em articulação com as secretarias municipais de assistência social, identificando demandas, levantando necessidades e ofertando suporte técnico e operacional.
Nosso objetivo é garantir que as respostas cheguem rápido e que a população afetada receba acolhimento digno. Sabemos que, nessas horas, o tempo é fator crucial: cada minuto conta para aliviar o sofrimento de quem foi atingido. E é justamente nessas horas que o poder público precisa estar mais presente — com escuta e ação.
Por isso, além das ações emergenciais, estamos planejando medidas de médio e longo prazo para fortalecer a rede de proteção social e garantir que nenhuma família fique desamparada. A reconstrução dos nossos municípios não será fácil, mas será feita.
Uma nova cheia nos coloca, mais uma vez, diante da necessidade de unir forças para que possamos diminuir os impactos que as chuvas causaram na vida das pessoas, principalmente daquelas mais vulneráveis. O governo do Estado está presente, trabalhando com responsabilidade, transparência e compromisso, ao lado dos municípios. É nas horas difíceis que precisamos estar juntos.
Por Beto Fantinel – Secretário de Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul
